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HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) – Dr Vinícius Bruce

HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB)

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição crônica que designa o crescimento anormal da próstata.

Esse aumento da glândula é comum e tende a acometer mais os homens à medida que esses envelhecem. Estima-se que cerca de 50% dos homens entre 51 e 60 anos e até 90% dos homens com mais de 80 anos sofra com a condição.

Mas, vale destacar, que embora as pessoas associem crescimento do volume da próstata ao câncer, a hiperplasia não aumenta o risco de tumores. E o paciente com HPB não tem predisposição a desenvolver essa enfermidade, pois, a HPB é uma condição benigna.

Apesar disso, ela pode trazer complicações e significar uma piora na saúde e qualidade de vida do paciente. Uma vez que, ao ter seu tamanho aumentado, a próstata tende a pressionar a uretra, o que dificulta a passagem da urina e agrega o risco de infecções urinárias e generalizada.

Por isso os principais sintomas da hiperplasia são:

  • Jato urinário fraco;
  • Dificuldade para urinar;
  • Demora para iniciar o jato urinário;
  • Necessidade acordar muitas vezes a noite para urinar;
  • Urgência para urinar;
  • Perda involuntária da urina;
  • Gotejamento;
  • Desconforto para urinar;
  • Necessidade de urinar com mais frequência;
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

 

Causas

A causa da hiperplasia não está totalmente definida, mas acredita-se na relação direta entre ela e as mudanças hormonais provocadas no organismo masculino pelo envelhecimento. Além disso, fatores como hereditariedade, genética, e índices de determinados hormônios elevados também podem contribuir para seu surgimento.

 

Tratamentos

O tratamento para HPB varia de acordo com a gravidade dos sintomas. Mas é importante que ela seja acompanhada de perto por um urologista que vai avaliar qual é o tratamento mais indicado e necessário.

Pois quando é grave e não tratada corretamente, e no devido tempo, a hiperplasia prostática pode também provocar infecção, pedras na bexiga e
comprometimento da função renal.

Após o diagnóstico clínico da hiperplasia, o médico pode solicitar ecografia, exames laboratoriais e fluxometria da urina (exame que mede o fluxo da urina), que o ajudarão na escolha do melhor tratamento.

Um dos mais comuns é por via medicamentos. Nesse caso o médico receita alguns remédios que impedem o crescimento da próstata, relaxam o músculo da glândula e facilitam o ato de urinar. Também podem ser indicados antibióticos para tratar a inflamação da próstata, quando essa está associada à hiperplasia. Entre as medicações prescritas estão, os alfa-bloqueadores, que relaxam a musculatura da próstata e diminuem a obstrução do canal da urina. E os inibidores de 5-alfa-redutase, que reduzem o tamanho da próstata.

Se o paciente não responder positivamente ao tratamento medicamentoso, o médico responsável pode apresentar outras opções. Entre outras formas de se tratar estão:

 

Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP)

Procedimento no qual é colocada uma pequena câmera no canal da urina e a próstata é “raspada” internamente. Esse é um procedimento cirúrgico padrão.

 

Enucleação da próstata

Essa técnica utiliza um laser para remoção de uma porção interna da próstata, que comprime o canal da urina.

 

Vaporização da próstata

Esse procedimento também é uma cirurgia pelo canal da urina, mas nele, o pedaço da próstata é destruído, não havendo necessidade de remoção. Para essa técnica são utilizadas diferentes fontes de energia, como plasma ou um tipo especial de laser.

Ablação transuretral da próstata por agulha

Esse procedimento envolve o uso de um aparelho inserido no canal da urina, que utiliza radiofrequência, gerando calor e ablação (destruição) do tecido prostático.

 

Stents prostáticos

Um stent é colocado na região do canal da urina comprimida pela próstata, “armando” o canal da urina e reduzindo essa obstrução. O mecanismo lembra em parte os stents coronárianos.

 

Embolização das artérias da próstata

Esse é tratamento de exceção. Nele é realizado um cateterismo da artéria femoral, inserindo um cano bem fino, que é guiado até os vasos que levam sangue para a próstata. Através do tubo, injeta-se um material para obstruir a chegada de sangue na próstata, levando a redução da chegada de oxigênio e alimento para a próstata e diminuição do órgão.

 

Diagnóstico

O diagnóstico da hiperplasia prostática pode ser feito através dos exames que também detectam câncer na glândula. Entre eles:

  • Exame retal
  • Urofluxometria
  • Biópsia
  • Ultrassonografia

Durante o exame retal é possível sentir se a próstata está aumentada. Já na urofluxometria, pode-se detectar alterações no fluxo urinário possivelmente causadas pelo aumento benigno da próstata. Enquanto os exames de imagem permitem avaliar aumentos visíveis da glândula. Em último caso utiliza-se a biópsia, que consiste na retirada de um pequeno pedaço da glândula para análise.

Como essa enfermidade está diretamente ligada ao envelhecimento do organismo masculino, é importante que homens a partir dos 50 anos façam um acompanhamento regular com urologista para avaliar a glândula.

Em caso de dúvidas agende sua consulta com um especialista.