O QUE É O CÂNCER DE BEXIGA
O câncer de bexiga ocupa o décimo lugar entre os cânceres com maior incidência no mundo. Entre as diversas formas de como ele se manifesta, o carcinoma urotelial, que afeta o interior da bexiga, é o mais comum. Pois, corresponde a 90% dos casos. Na maioria das vezes, ele surge como um tumor superficial, e sua tendência é permanecer na mucosa e submucosa do órgão.
EPIDEMIOLOGIA
De modo geral, as chances de uma mulher ter essa doença são de 1 em 89. Enquanto isso, as possibilidades do homem são maiores, cerca de 1 em 27. Aliás, as pessoas de raça branca têm propensão maior a esse câncer do que as pessoas de outras raças.
CAUSAS
Não se conhece bem as causas dessa doença. No entanto, sabe-se que determinadas alterações no DNA das células da bexiga podem fazer com que elas cresçam de forma desordenada.
FATORES DE RISCO
Alguns fatores de risco conhecidos são:
• exposição ocupacional a certos produtos químicos presentes nas indústrias, como benzidina e beta-naftilamina. Além disso, empresas que trabalham com produtos químicos orgânicos, sem seguir de forma adequada as normas de segurança, também expõem seus trabalhadores a esse risco;
• tabagismo: é o principal fator de risco para esse câncer. Pessoas fumantes, quando trabalham em indústrias, como as mencionadas acima, têm um risco ainda mais elevado;
• baixo consumo de líquidos;
• presença de arsênico na água.
Além desses fatores de risco considerados evitáveis, há aqueles não evitáveis: raça, etnia, idade, sexo e histórico pessoal são alguns exemplos.
SINTOMAS
Veja alguns dos sintomas que costumam acompanhar o câncer de bexiga:
• ardência, dor ou desconforto ao urinar;
• polaciúria: aumento da frequência urinária, mas com a diminuição da quantidade de urina em cada micção;
• hematúria: presença de sangue na urina, em geral com um tom vermelho vivo e com coágulos;
• dor pélvica: em casos de câncer avançado, uma massa palpável acompanha essa dor.
É importante lembrar que ter um ou mais desses sintomas não significa que a pessoa tenha câncer de bexiga. Pois, eles estão associados a diversas doenças do trato urinário. Portanto, a primeira coisa a se fazer ao perceber esses ou outros sintomas urinários é procurar um urologista, que é o médico habilitado para diagnosticar de maneira correta doenças desse tipo.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico será feito através da história clínica do paciente e dos seguintes exames:
• exames de imagem: por meio da ressonância magnética, tomografia computadorizada, urografia excretora e ultrassonografia, o médico poderá avaliar a origem do sangramento, que pode ser dos rins, dos ureteres, dos sistemas coletores ou da bexiga;
• exame de urina: ao analisar a urina do paciente, o médico é capaz de identificar a presença de substâncias que indicam várias doenças. Também, é possível analisar células do tecido interior da bexiga;
• citologia: esse exame avalia o interior da bexiga com um instrumento equipado com uma câmera. Além disso, é possível retirar algumas células para realizar uma biópsia. Tudo isso contribui muito para que se chegue a um diagnóstico preciso.
TRATAMENTOS
São diversas as opções de tratamento para o câncer de bexiga. Entre as principais, estão a terapia intravesical, a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia, a imunoterapia e a terapia alvo. Aliás, muitos pacientes necessitam de uma combinação de dois ou mais desses tratamentos.
Portanto, consulte seu urologista para saber mais.