O câncer de próstata é uma doença grave, o segundo mais frequente em homens e o quarto mais frequente entre ambos os sexos. Dados do Ministério da Saúde apontam que o câncer nessa glândula é a segunda maior causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos por ano.
Além disso, essa é uma condição que evolui silenciosamente, pois não apresenta sintomas em sua fase inicial, justamente quando possui mais chances de reversão. Por isso, o diagnóstico precoce é tão fundamental e estimula todo ano campanhas como o novembro Azul, mês de conscientização e prevenção do câncer de próstata.
Mas antes de falar sobre como prevenir essa doença, precisamos recapitular um pouco sobre o que ela é, e sua causa.
O câncer na próstata é uma multiplicação descontrolada das células dessa glândula, responsável por produzir o líquido seminal que nutre e transporta o esperma, dessa maneira, dando origem a um tumor maligno. Quando não tratado inicialmente, ele pode gerar metástase, formação de tumores em outras regiões do corpo.
Como citado, em sua fase inicial, o câncer de próstata não costuma apresentar muitos sintomas, mas quando ele está mais avançado o paciente pode perceber sinais de:
- Fluxo urinário fraco ou interrompido.
- Vontade de urinar frequentemente à noite
- Sangue na urina ou no sêmen.
- Disfunção erétil.
- Dor no quadril, costas, coxas, ombros ou outros ossos
- Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés
- Micção frequente.
- Fatores de risco
O câncer de próstata é uma doença, essencialmente, associada ao envelhecimento e, por isso, a chance de tê-lo aumenta conforme o homem envelhece. É muito raro de a doença ocorrer antes dos 40 anos, a partir dos 45 ela se torna mais comum e a partir dos 60, o risco se torna eminente.
Ademais, histórico familiar de câncer de próstata na família também é um indicativo de maiores chances de desenvolver a doença. Pois homens que têm um parente próximo com câncer de próstata, possuem duas vezes mais chances de desenvolver a doença em comparação com aqueles que não têm.
A ascendência africana também é um fator de risco. Em média, homens negros têm três vezes mais chances de ter câncer de próstata do que homens brancos
Prevenção
Como sabemos, parte essencial da prevenção do câncer de próstata consiste em garantir que a enfermidade seja descoberta em sua fase inicial, possibilitando maiores chances de cura.
Por isso há um grande apelo ao público masculino para que, de acordo com suas necessidades e orientações, façam os exames de próstata com regularidade.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens partir dos 50 anos devem fazer os exames anualmente e passar por avaliação individual com o urologista. Negros ou quem tenha parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem preferencialmente iniciar as consultas preventivas aos 45 anos.
Ainda é aconselhável a adoção e prática de bons hábitos. Boa alimentação, diminuição do consumo de álcool e abstinência do cigarro, comprovadamente, tendem a diminuir as chances de se desenvolver câncer de próstata.
Diagnóstico
O diagnóstico para o câncer de próstata é composto, principalmente, pelos exames de:
- Toque Retal: Através do qual é possível sentir e detectar alterações na próstata
- Exame de PSA: Que revela se os índices do hormônio PSA no sangue estão elevados (o que ocorre quando há câncer)
- Urofluxometria: Mede alterações no jato urinário que o câncer pode provocar
- Biópsia e Ultrasonografia.
Estágios
O câncer na próstata pode ser subdividido em estágios, conforme o seu avanço e forma. Os estágios são:
- Estágio 1: Quando o câncer é encontrado por acaso ou devido a um aumento de PSA, sem apresentar sintomas
- Estágio 2: Quando o câncer é encontrado a partir de um nódulo na próstata, mas que está restrito à glândula e não se espalhou para outros órgãos.
- Estágio 3: Quando o câncer já se espalhou para os tecidos ao redor da próstata, como vesícula seminal, bexiga e reto.
- Estágio 4: Quando o câncer se espalhou para os linfonodos e outros órgãos.
Tratamento
Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer, o médico urologista irá recomendar o tratamento baseando-se no que é melhor, conforme os fatores que compõe o quadro do paciente. Devem ser levados em conta:
- O estágio da doença;
- Idade do paciente e expectativa de vida;
- Condições de saúde pré-existentes;
- A probabilidade de cura com cada tipo de tratamento;
- A expectativa do paciente em relação aos efeitos colaterais de cada tratamento.
- Pacientes cujo câncer está nos estágios I e II, podem ser tratados com cirurgia, radioterapia ou observação vigilante, que é quando o câncer está restrito só à próstata e demonstra crescimento lento e por isso não necessita de intervenção imediata, mas de um acompanhamento de sua evolução.
A cirurgia de próstata é chamada de prostatectomia radical, o procedimento consiste na remoção de toda a próstata juntamente com vesículas seminais e, às vezes, com os linfonodos regionais.
Porém, em casos em que o câncer da próstata já tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal. Aliado a tratamentos paliativos.
Por isso, apoie as campanhas de prevenção e não deixe de se informar com seu urologista faça o exame do toque, é essencial. Câncer de Próstata tem tratamento
